Anora – Misturando Amor, Dinheiro e Caos
|![](https://www.revistaeletricidade.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Anora-1-1.jpg)
Chegando aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (23/01), o filme “Anora” do cineasta Sean Baker já vem com o selo de recomendação do Festival de Cannes, onde conquistou a Palma de Ouro nesta temporada.
O roteiro conta uma história que a princípio pode fazer o público jurar que já viu antes, a da prostituta pobre que encontra em um cliente muito rico a “porta de saída” para uma vida melhor.
Mas diferente do clássico “Uma Linda Mulher”, estrelado por Julia Roberts, o caminho para o sonho de amor e a conquista da liberdade financeira, em “Anora” é um pouco mais realista.
A tragicomédia que o diretor encena, embora mostre personagens com o mesmo sonho se desenvolve de uma forma bem diferente; Anora, em uma brilhante interpretação de Mikey Maddison, trabalha em uma casa de striptease em Nova York e é chamada para atender um cliente especial porque sabe falar russo.
O tal cliente é Vanya (Mark Eydelshteyn), o filho adolescente de um oligarca russo de férias nos EUA, aproveitando a vida, em baladas intermináveis, bancadas por seus recursos financeiros ilimitados, bem longe dos olhos dos pais.
A princípio, os dois se entendem muito bem e Ani, como a jovem prefere ser chamada, consegue se acostumar ao ritmo de vida do rapaz, que aos poucos parece se encantar mais e mais com a garota.
Como o estilo de Sean Baker prioriza as duras realidades, sem muito espaço para as fantasias, logo o casal comete um grande erro que se traduzirá em uma enxurrada de problemas
A intensidade e a ação, que às vezes descambam para a comédia pastelão criam uma verdadeira montanha russa, fazendo de “Anora” uma das boas surpresas da temporada. Diversão de primeira.
Adriana Maraviglia
@revistaeletricidade
Assista ao trailer de “Anora”: