“Vermelho Monet”: Uma Obra-Prima Cinematográfica que Explora Arte, Inspiração e Mercado
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Estreando hoje nos cinemas, o filme brasileiro “Vermelho Monet” já chega com o peso de suas mais de 10 premiações, recebidas em 15 festivais e também com a curiosidade de parecer uma interessante guinada de estilo do cineasta cearense Halder Gomes, mais conhecido por comédias como “Cine Holliúdy” (2012) e “Os Parças” (2017).
O roteiro do próprio Halder se dedica a discutir as relações dentro da produção da arte, contando a história de Johannes Van Almeida (Chico Diaz), um pintor talentoso que está perdendo a visão, que encontra a inspiração para uma grande obra prima em Florence Lizz (a estreante Samantha Müller), uma jovem atriz lutando para assumir seu papel mais difícil e a relação dos dois com Antoinette Lefèvre (Maria Fernanda Cândido), uma marchand que precisa transformar em mercadoria esta obra prima.
Rodado em Lisboa, o filme tem um clima razoável de suspense e um trabalho visual acima da média, resultado da associação entre a fotografia de Carina Sanginitto e a direção de arte de Juliana Ribeiro que traz para a tela referências bem conhecidas de obras icônicas da pintura.
Além de uma boa trilha sonora que consegue envolver o espectador no clima tenso da obra.
Um belo trabalho, bastante autoral, que ajuda a levantar questões importantíssimas para o universo das artes plásticas e o tal do mercado, quase sempre em ebulição, ansioso para lucrar em cima do talento de artistas.
Adriana Maraviglia
@revistaeletricidade
Assista ao trailer de “Vermelho Monet”: