Cinebiografia ‘Napoleão’: Expectativas Altas, Realidade Baixa

Um dos filmes mais aguardados do ano, a cinebiografia “Napoleão”, do diretor Ridley Scott, estreou na última quinta-feira (23/11) nos cinemas brasileiros.

A expectativa era a de que fosse uma obra grandiosa visualmente sobre um personagem histórico bastante conhecido, mas o que se vê na tela ficou um pouco aquém do que todo mundo estava imaginando.

Uma parte de problema talvez esteja na edição. Feito para o streaming, mais especificamente para a Apple TV +, a obra tem originalmente 4 horas de duração, mas no corte que foi para as salas de cinema, são apenas 2h38min.

Assim, algumas cenas parecem soltas, como se as explicações tivessem ficado no chão da sala de edição e talvez façam todo sentido do mundo na versão que só chega ao streaming no ano que vem.

Logo após a estreia, muitos historiadores reclamaram que alguns detalhes da cinebiografia não correspondiam à história real.

Não que exista alguma obrigação de ser historicamente perfeito, não é um documentário, mas por exemplo, os fatos narrados se estendem por 28 anos da vida de Napoleão e a produção simplesmente escolheu não envelhecer os personagens.

O filme tem diversos problemas, mas eles não estão no trabalho do elenco, nem na trilha sonora bastante inspirada.

Tanto Joaquin Phoenix (Napoleão), como Vanessa Kirby, que interpreta Josefina, estão muito bem, mesmo que o texto do roteiro de David Scarpa, dito por eles em tela, algumas vezes nao faça muito sentido.

Na tela grande, “Napoleão” foi uma decepção. Resta torcer para que as cenas guardadas para a versão do streaming ajudem o filme a se aproximar do espetáculo épico que nós todos tínhamos sonhado.

Adriana Maraviglia
@revistaeletricidade

Assista ao trailer de “Napoleão”: