Nossa sociedade doente refletida em O Homem Cordial

O HOMEM CORDIAL – foto: DIVULGAÇÃO

Chegando nesta quinta-feira (11/05) aos cinemas ” O Homem Cordial” do diretor Iberê Carvalho é um daqueles filmes que parece ter saído diretamente dos noticiários que mostram as consequências da polarização política acirrada pelas redes sociais dos nossos tempos.

Aurélio (Paulo Miklos) é um astro do rock, famoso na década de 90, que junto com sua banda, está tentando uma volta à cena.

Mas no dia desse retorno, um vídeo do artista viraliza, envolvendo-o na morte de um policial e transformando o músico em alvo de um linchamento virtual. 

O ambiente tóxico e turbulento em que os brasileiros têm vivido nos últimos anos no Brasil é o caldo que constrói o roteiro de “O Homem Cordial”, escrito pelo próprio Iberê em parceria com Paulo Stoll. 

Paulo Miklos e Thaíde parecem estar absolutamente à vontade no papel dos músicos que se veem forçados a investigar  o que realmente aconteceu para sobreviver.  

O resultado é um suspense tenso, com muitas cenas rodadas com a câmera na mão, nervosa, acompanhando muito de perto o protagonista por uma noite apavorante para dizer o mínimo.  

Iberê provoca o público o tempo todo a refletir sobre uma sociedade doente onde  julgamentos sumários levam a linchamentos virtuais e a verdadeiras tragédias que tem acontecido insistentemente nos últimos anos. 

O longa foi rodado em 2019, mas parece um retrato fiel deste momento terrível que estamos vivendo. Espero que ajude a dar um impulso à discussão para que esse pesadelo logo acabe.

Adriana Maraviglia

@revistaeletricidade

Assista ao trailer de “O Homem Cordial”:

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