Cinema

CCBB-SP apresenta mostra sobre as Bruxas no Cinema

O Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo apresenta no mês de março a mostra “Mulheres Mágicas: Reinvenções da Bruxa no Cinema“.

De 11 a 28 de março, o evento acontece de  forma híbrida, com sessões presenciais e debates e encontros online.

O CCBB contará com uma seleção  de 25 filmes, entre clássicos e contemporâneos, longas e curtas, de ficção, documentário, experimental e performances de países como Islândia, Nigéria, Dinamarca, República Tcheca, Síria, Zâmbia, França, Itália, EUA e América Latina.

A ideia é trazer  um olhar de como a figura da “bruxa” foi construída ao longo da história do cinema.

A programação foi dividida em dois eixos temáticos. De um lado, os principais estereótipos que formam o arquétipo da bruxa no cinema ocidental como os contos de fadas, as releituras históricas da caça às bruxas medieval, as mulheres monstruosas do cinema de horror e a hiper-sensualidade, contendo obras clássicas de mestres do cinema como “Dias de Ira”  de Carl Theodor Dreyer, “O Reino das Fadas” de Georges Méliès, “Suspiria”, de Dario Argento, “Temporada das Bruxas” de George A. Romero, “O Mágico de Oz”, de Victor Fleming, e o lendário filme mudo sueco “Häxan – A feitiçaria através dos tempos”.

Já no segundo eixo, a mostra apresenta contrapontos de reinvenção dessa figura, com destaque para filmes de cineastas mulheres e para uma perspectiva “decolonial”, como releituras dos contos de fada tradicionais; de mulheres que se autodeclaram feiticeiras contemporâneas; e obras marcadas por sensibilidades negras afro-diaspóricas ou que trazem saberes de povos tradicionais e indígenas, com obras de importantes diretoras do cinema mundial como “Covil das Bruxas”, da ucraniana Maya Deren, “Amores Divididos”, da americana Kasi Lemmons, o islandês “A Árvore de Zimbro”, que tem como protagonista a cantora Bjork, “A Bruxa do Amor”, da americana Anna Biller, “A Dupla Jornada”, da brasileira Helena Solberg, “Eu não sou uma feiticeira”, da diretora do Zâmbia Rungano Nyoni, entre outras.

Destaque para a masterclass virtual, no dia 09 de abril, com a pensadora e escritora italiana Silvia Federici, autora dos livros “Calibã e a Bruxa”, “O Ponto Zero da Revolução” e “Mulheres e Caça às Bruxas”. Radicada nos EUA desde 1967, onde foi cofundadora do International Feminist Collective, a escritora participou da Campanha por um salário para o trabalho doméstico.

A programação conta ainda com um ciclo de debates com convidados nacionais e internacionais.

No dia 11/03, às 17h, o evento abre com debate presencial sobre o filme “Dias de Ira” (1943, de Carl Theodor Dreyer, 97′), com comentários dos(as) pesquisadores(as) Aaron Cutler e Mariana Shellard (Mutual Films).

No dia 19/03 (sábado), às 16h30, será exibido “Amores Divididos” (1997, de Kasi Lemmons, 110′), com comentários da prof. Tatiana Carvalho Costa (Una/BH), também no formato presencial.

Já os debates online acontecem no canal do Youtube da mostraConferência de Abertura – Reinvenções da Bruxa no Cinema [LIBRAS], acontece no dia 12/03 (sábado), às 16h, com a prof. Roberta Veiga e as coordenadoras da mostra Carla Italiano e Tatiana Mitre.

No dia 15/03 (terça), às 19h30, acontece a Mesa – Caça às bruxas medieval: releituras históricas, com os(as) pesquisadores(as) Gabriela Müller Larocca (PR) e Leonardo Amaral (MG) e mediação de Glênis Cardoso (Verberenas).

No dia 20/03 (domingo), às 16h, a Mesa – Reencantar o mundo: bruxa e perspectivas decoloniais, com a pesquisadora Letícia Bispo (Verberenas), a prof. Milene Migliano (UFRB) e a cineasta indígena Olinda Muniz Wanderley – Yawar.

No  dia 22/03 (terça), às 19h30, a Mesa – Mulheres monstruosas e cinema de horror [LIBRAS], com a prof. Laura Cánepa (Anhembi Morumbi) e a pesquisadora Yasmine Evaristo (MG) com mediação de Camila Macedo (PR).

No dia 26/03 (sábado), às 15h30, acontece a Conferência internacional [LIBRAS], uma conversa com Teresa Castro (prof. Paris 3 – Université Sorbonne Nouvelle)

Uma Sessão Infantil com a exibição do clássico “O Mágico de Oz”, de Victor Fleming (1939) e uma Sessão com medidas de acessibilidade [legendagem descritiva], completam a programação.

Lista Completa de Filmes

1. O Reino das fadas (Le royaume des fées), George Méliès (1903, França, 16′) | Livre

2. Häxan – A feitiçaria através dos tempos, Benjamin Christensen (1922, Suécia, 105′) | 12 anos

3. O Mágico de Oz (The Wizard of Oz), Victor Fleming (1939, EUA, 101′) | Livre

4. Dias de Ira (Day of Wrath)Carl Th. Dreyer (1943, Dinamarca, 98′) | 12 anos

5. The Witch’s Cradle, Maya Deren (1943, EUA, 12′) | Livre

6. Sortilégio do Amor (Bell, Book and Candle), Richard Quine (1958, EUA, 106′) | 12 anos

7. A Máscara do demônio (Black Sunday), Mario Bava (1960, Itália, 87′) | 14 anos

8. O Martelo das Bruxas (Witches’ Hammer), Otakar Vávra (1969, República Tcheca, 102′) | 14 anos

9. Temporada das bruxas (Season of the Witch/Hungry Wives), George A. Romero (1972, EUA, 104′) | 14 anos

10. A dupla jornada, Helena Solberg (1975, Argentina/Bolivia/México/Venezuela, 53′) | Livre

11. Transformations, Barbara Hirschfeld (1976, EUA, 9′) | Livre

12. Suspiria, Dario Argento (1977, Itália, 98′) | 16 anos

13. A Árvore de Zimbro (The Juniper Tree), Nietzchka Keene (1990, Islândia/EUA, 78’) | 12 anos

14. Praise House, Julie Dash (1991, EUA, 28′) | Livre

15. Amores Divididos (Eve’s Bayou), Kasi Lemmons (1997, EUA, 110’) | 14 anos

16. Feiticeiras, minhas irmãs (Sorcières, mes soeurs), Camille Ducellier (2010, França, 31′) | 14 anos

17. Olá, Rain (Hello, Rain), C.J. Obasi (2014, Nigéria, 30′) | 12 anos

18. La Cabeza Mató a Todos, Beatriz Santiago Muñoz (2014, Porto Rico, 8′)  | Livre

19. A Bruxa do Amor (The love witch), Anna Biller (2016, EUA, 120’) | 14 anos

20. Borderhole, Nadia Granados e Amber Bemak (2017, EUA/Colômbia, 14′)  | 16 anos

21. Eu não sou uma bruxa (I am not a witch), Rungano Nyoni (2017, Zâmbia/Reino Unido, 93′)  | 12 anos

22. Boca de Loba, Bárbara Cabeças (2018, Brasil, 19′) | 14 anos

23. Quem tem medo de ideologia? – Parte 2 (Who is afraid of ideology?), Marwa Arsanios (2020, Líbano/Síria, 38′) | 12 anos

24. Amarração, Hariel Revignet (2020, Brasil, 7′)  | 14 anos

25. Kaapora – o chamado das matas, Olinda Yawar Muniz Wanderley (2020, Brasil, 21′)  | 12 anos

Mostra “Mulheres mágicas: reinvenções da bruxa no cinema” – Local: Centro CulturalBanco do Brasil São Paulo – Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, Triângulo SP –  Período: 11 a 28 de março – Ingressos: Pelo site bb.com.br/cultura e na bilheteria a preços populares (R$ 10 inteira / R$ 5 meia) –  Classificação indicativa: De Livre a 16 anos

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