Lista: 13 baladas que você acha românticas, mas não são

Uma lista de músicas que fazem todos suspirar, mas que não tem nada de românticas
Quem alguma vez já esteve em um grande show internacional sabe que em um ou dois momentos da apresentação o clima vai ficar mais intimista, a luz vai diminuir e você e todo mundo lá na plateia irá acender a lanterna do celular e curtir o momento da sempre presente balada romântica.
E muitos por lá vão até apontar a lente da câmera para o palco e transmitir aquele momento “tão lindo” para o crush poder dividir com você a música que faz parte da trilha sonora do amor de vocês, mas talvez você não saiba que existem algumas baladas que até soam como muito românticas, com aquela melodia que faz seu coração bater mais forte… mas… e a letra?
Aposto que você está agora olhando desconfiado para o seu celular ou computador e pensando, não é possível… mas é, quer ver?
A Revista Eletricidade preparou uma lista com 13 músicas que você jurava que eram românticas, mas não são. Confere:
Something to Believe In – Poison
Este grande hit da banda Poison é na verdade sobre luto. A música foi composta por Bret Michaels logo após ele saber que seu segurança e amigo James Kimo Maano tinha morrido.
A letra cita diretamente esse fato e faz mais uma porção de observações tristes sobre a vida, pedindo que alguém o faça acreditar novamente na vida.
Wind of Change – Scorpions
O ano era 1990, a mudança de que o título da música fala estava acontecendo no mundo. A velha União Soviética começava seu processo de desmantelamento que a dividiria em 15 países diferentes e o famoso Muro de Berlim já tinha caído, em 1989.
A banda alemã Scorpions decide então gravar uma música sobre esse novo momento para seu país, e o que representava o final da Guerra Fria.
All My Love – Led Zeppelin
Esta música do disco “In Through the Outdoor” (1979) é uma homenagem de Robert Plant a seu filho Karac, que morreu em 1977, aos cinco anos de idade.
Emocionante e cheia de poesia, a letra foi um jeito que o artista encontrou de processar o luto que sentia, um sentimento que quase o fez trocar a carreira musical pela de professor.
Every Breath You Take – The Police
Já sei, você suspira sempre que ouve “Every Breath You Take”, um dos maiores hits da banda The Police, lançada no disco “Sinchronicity” (1983), certo?
Então… não era para tanto… a música é sobre um homem que está obcecado pela ex e tem intenção de transformar-se em seu stalker. Já pensou se seu ex diz que “você pertence a ele e que vai ficar de olho em você a cada vez que você respirar”? Melhor não, né?
Tears In Heaven – Eric Clapton
Chegamos a uma daquelas baladas de chorar… mas sua origem é uma tragédia de cortar o coração muito mais do que qualquer história de amor perdido.
Em 1991, Connor, o filho de Clapton, que tinha apenas 4 anos de idade, despencou da janela do apartamento em que morava com a mãe, em Nova York e morreu.
A música que quase fez o coração dos fãs parar em sua versão ao vivo, no “Acústico MTV”, lançado em 1992, é uma manifestação do luto do músico, destroçado pela morte do filho.
Norwegian Wood – The Beatles
A banda estava brincando um pouco no campo de Bob Dylan quando John Lennon escreveu esta música dentro da “vibe” acústica do poeta americano.
A letra fala de um caso extra-conjugal que o músico estava vivendo na época. e sim, no final, o personagem coloca fogo na casa da amada… digamos que o caso tinha ficado um pouco complicado naquele momento e a tal “madeira norueguesa” do título se refere a uma moda britânica da época de usar painéis de madeira barata ao invés de papéis de parede, e recebeu sua dose de sarcasmo dos rapazes de Liverpool, que achavam que os tais painéis eram de mau gosto.
Sister Morphine – The Rolling Stones
No disco “Sticky Fingers” (1971), os Stones fizeram sua versão para uma música que haviam “emprestado” para a co-autora Marianne Faithful gravar, em 1965.
Não se deixe enganar pela doçura aparente de Mick Jagger cantando aqui. Na letra ele está contando a história de um personagem que está no hospital, sem saber muito bem o que aconteceu e está delirando por drogas que diminuam seu sofrimento.
Conhecendo o histórico de abusos de substâncias dos membros da banda, não consigo deixar de imaginar o quanto dessa história pode ser real.
I’ve Got You Under My Skin – Bono
Mais uma letra que envolve drogas, do tipo da pesada, aparece nessa belíssima canção do genial Cole Porter.
Já na década de 1930, Porter escondia seu gosto por heroína fazendo uma música para ela.
Holding Back the Years – Simply Red
Nem todo mundo sabe, mas alguns anos antes de formar o Simply Red, no final dos anos 70, Mick Hucknall fazia parte de uma banda punk chamada The Frantic Elevators.
E muito antes disso, aos 3 anos de idade, o pequeno Mick foi abandonado pela mãe e cresceu ao lado do pai, um barbeiro na cidade de Stockport, próxima a Manchester.
Aos 17 anos, ele escreveu “Holding Back the Years” para ela. Chegou a gravar com os Elevators, mas a música só explodiu mesmo em 1985, quando entrou no “Picture Book”, primeiro disco do Simply Red.
Dream On – Aerosmith
Uma das músicas de mais sucesso do Aerosmith, “Dream On” foi lançada no disco de estreia da banda em 1973.
Sua melodia de ares clássicos veio da experiência de Steven Tyler, que ainda bem pequeno costumava deitar-se embaixo do piano de seu pai, um pianista erudito que tocava Chopin, Bach, Beethoven e Debussy, em casa.
Quanto à letra, Tyler disse na biografia autorizada da banda “Walk This Way” que “É simples. É sobre sonhar até que seus sonhos se realizem. É sobre a vontade, desejo e ambição de ser alguém que o Aerosmith sentia naqueles dias. Dá pra ouvir isso já no groove da música.”
Don’t Think Twice It’s Alright – Bob Dylan
Nem todo mundo sabe, mas Bob Dylan muitas vezes pegava músicas tradicionais do folk, do tipo que já era de domínio público, inseria seus próprios versos e as incorporava ao repertório.
“Dont’ Think Twice It’s Alright” está no disco “The Freewheelin’ Bob Dylan”, de 1963 e tem uma letra em que Bob anuncia para sua amada que “quando o galo cantar” ele já estará com o “pé na estrada” e a culpa é toda dela. E ainda completa que a tal garota “desperdiçou seu tempo precioso”. É boy lixo que chama?
Hello – Lionel Richie
A balada de Lionel Ritchie marcou o início da década de 80 e foi lançada no disco “Can’t Slow Down” (83), segundo trabalho solo e o de maior sucesso de sua carreira pós-Commodores.
Uma balada lenta, linda… mas… vocês já prestaram atenção na letra?Toda aquela linda história de amor acontece tão somente na imaginação do personagem e tudo parece um pouquinho esquisito.
O rapaz em questão está completamente apaixonado por uma garota que passa na porta da casa dele, mas que ele sequer conhece. Dá um pouco de medo, né?
Stairway to Heaven – Led Zeppelin
Amada pelos fãs e considerada como uma das músicas mais bonitas da história do rock, “Stairway to Heaven” já teve bem mais do que sua dose de polêmica desde seu lançamento no disco “Led Zeppelin IV”, em 1971.
De processos por plágio a acusações ridículas de satanismo, a música que é uma unanimidade entre o público, não é exatamente a favorita de Robert Plant, seu letrista, que até já fez doações polpudas para que uma rádio americana nunca mais a tocasse.
A letra já interpretada e reinterpretada por muita gente que viu nela coisas místicas e mágicas é na verdade um amontoado de observações bem sarcásticas, feitas por um bom letrista que usa o velho humor britânico ácido para falar sobre uma mulher e sua ingenuidade de achar que pode comprar seu caminho até o “paraíso”.
E levando em consideração o momento em que foi escrita, talvez seja só uma vingança contra os fanáticos religiosos que sempre davam um jeito de agredir os músicos, em cada parada da turnê norte-americana que tinha acabado de acontecer.
A música foi composta ao redor de uma fogueira em 1970, no lendário chalé Bron-Yr-Aur, próximo a vila de Machynlleth, no País de Gales, para onde Jimmy Page e Robert Plant tinham levado a família para umas férias, em uma casa afastada de tudo e de todos, que sequer tinha luz elétrica.
Um ambiente que aparentemente fez muito bem para a parceria musical dos dois porque dali saiu uma grande parte do repertório que seria gravado posteriormente nos discos “Led Zeppelin III” e “Led Zeppelin IV”.
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