“Highlander”, cult da década de 80 estreia na Netflix

A Netflix trouxe para sua grade neste final de semana o filme “Highlander”, uma marcante ficção de fantasia da década de 80 que, 35 anos após sua estreia original, chega às novas gerações com ares de filme cult.

O roteiro conta a história de Connor MacLeod (Christopher Lambert), um guerreiro de um clã das terras altas escocesas, conhecidas como Highlands, que no século 16, descobre ser imortal.

Treinado por Ramirez (Sean Connery), outro imortal, fica sabendo que precisará enfrentar outros imortais, até o dia em que restará no mundo apenas um deles e ele receberá um “prêmio”.

Vendo com os olhos de hoje em dia, é fácil desdenhar dos efeitos especiais e o visual da produção, mas é preciso lembrar que em 1985 tudo o que o diretor Russell Mulcahy usa para construir visualmente o filme era considerado inovador e tecnologia de ponta.

Vindo do então recém inaugurado mundo dos videoclipes, o estilo de Mulcahy fazia parte de uma escola que naquele momento estava renovando o Cinema ao trazer referências visuais da publicidade e dos clipes musicais.

Rever “Highlander” nos dias de hoje é lembrar dos muitos furos do roteiro, mas também do encantamento da fotografia de Gerry Fisher, especialmente nos flashbacks filmados na Escócia.

Rir dos exageros do vilão Kurgan (Clancy Brown), conferir a canastrice do protagonista Christopher Lambert e apreciar a leveza e o humor do sempre maravilhoso Sean Connery.

Tem também a excepcional música do Queen que emoldura diversas cenas da trama,  especialmente “Who Wants to Live Forever”, embalando uma sequência romântica de fazer chorar. 

Assim como os cabelos super volumosos da atriz Roxanne Hart, muita coisa do filme envelheceu mal e talvez não consiga carregar a imaginação das novas gerações. O que é lamentável. “Highlander” continua sendo um maravilhoso filme ruim 

Ah! E antes que eu me esqueça, o filme fez tanto sucesso na época, que gerou diversas continuações, séries e até animações. Mas elas são todas pavorosas. Se encontrar com uma delas por aí, não perca seu tempo, lembre-se de seguir o mote principal de “Highlander”: – Só pode haver um! 

Adriana Maraviglia
@revistaeletricidade

Assista ao trailer de “Highlander”:

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