“Vozes e Vultos”: você já viu esse filme antes
|Os primeiros minutos de exibição de “Vozes e Vultos”, que está chegando hoje à Netflix, entregam que algo de muito ruim já aconteceu e a história do que levou a esse desfecho será um longo flashback, onde descobriremos o porquê e o como.
Dirigido pelo casal Shari Springer Berman e Robert Pulcini, que fizeram o super fofo “Diário de uma Babá”, em 2007, estrelado por Scarlett Johansson, e, como ele, adaptado de um livro, no caso de “Vozes e Vultos”, “All Things Cease to Appear” (ainda sem título em português), de Elizabeth Brundage, que os três adaptaram em conjunto para as telas.
Em 1980, uma artista plástica se muda com a família para uma antiga casa de fazenda e aos poucos vai percebendo que seu casamento está cercado de mistérios tão sinistros quanto a história daquela velha casa.
Recém indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, Amanda Seyfried é Catherine Clare, uma mulher que tem seus próprios problemas a enfrentar, mas que ainda espera que um novo começo possa melhorar seu casamento com George Clare (James Norton), um professor universitário egocêntrico e machista, mas com uma dose de carisma que conquista suas alunas.
Não darei spoilers por aqui, mas o roteiro em alguns momentos traz para nossa memória uma porção de filmes que já vimos antes, na verdade, a história parece trilhar novamente diversos caminhos já percorridos por produções de terror ou suspense, por isso, nem é tão difícil de ir adivinhando qual será o próximo susto.
Em outros momentos, o sobrenatural fica de lado, simplesmente substituído pelo drama psicológico que a trama do casamento em crise sugere.
De qualquer forma, o filme ainda é um passatempo mediano para o final de semana, principalmente quando levarmos em consideração a boa surpresa que é ver F. Murray Abraham e Karen Allen, dois maravilhosos veteranos que sempre iluminam as telas.
Dá pra ver, mas é “com sustos”…
Adriana Maraviglia
@revistaeletricidade
Assista ao trailer de “Vozes e Vultos”: