Chega às lojas e aos streamings do mundo inteiro, no dia 2 de outubro, a mais nova coletânea da carreira solo de Robert Plant: “Digging Deep: Subterranea”.
Esta não é a primeira vez em que o artista revisita seu catálogo solo, já fez isso antes em 2003, com “Sixty Six to Timbuktu”, um disco também duplo que trazia como maior diferencial as raridades de seu repertório pré-Zeppelin.
Mas 17 anos depois, o mundo mudou tanto que não se trata simplesmente de fazer uma nova coletânea com as faixas mais recentes, mas de conquistar novos públicos em um momento em que as pessoas nem tem mais o hábito de comprar discos. Como fazer então para um dos grandes artistas da era dos álbuns, que eram divulgados em programas de rádio, chegar aos ouvidos de um público acostumado a playlists e podcasts?
Talvez lançando um disco com cara de playlist fique mais fácil. Com 30 faixas, a nova coletânea parece uma playlist dos últimos 40 anos de carreira do eterno Deus Dourado, em “random”. Abrindo com “Rainbow”, um dos melhores momentos de “Lullaby… and the ceaseless roar”, disco de 2014, que trouxe o artista de volta para sua terra natal, depois de uma longa temporada mergulhado na música americana, morando no Texas e trabalhando com grandes nomes de Nashville.
A faixa seguinte volta para 1990 de “Manic Nirvana”, o quinto disco pós-Zeppelin, onde o artista já sentia-se suficientemente seguro para escapar de seu auto-imposto exílio musical no pop eletrônico e podia voltar a dar vazão ao rock que já o tinha transformado em ícone; “Hurting Kind” passou a ser uma das faixas que mais levantavam a plateia em suas apresentações ao vivo.
E o disco segue apontando canções que se tornaram parte importante de sua trajetória como “Darkness Darkness”, “Heaven Knows” e “I Believe”, mas também adicionando ao pacote três faixas ainda inéditas: a arrepiante balada soul “Nothing Takes the Place of You”, gravada para a trilha sonora do filme “Winter in the Blood” (2013), o clássico rockabilly “Too Much Alike”, em dueto com Patty Griffin, e “Charlie Patton Highway (Turn It Up – Part 1)”.
Playlist feita, vamos então ao podcast. Na verdade ele veio antes, desde 2019, o músico pode ser ouvido em “Digging Deep”, com gravações distribuídas em diversos streamings, feitas em 3 temporadas, em que dialoga com o radialista Matt Everitt, contando histórias sobre a origem e inspiração por trás de canções que marcaram sua carreira solo e incluindo duas pérolas de seus anos com o Led Zeppelin: “Achilles Last Stand” e “The Battle of Evermore”.
Impulsionado pelo sucesso da primeira temporada do podcast, na época do lançamento da segunda temporada, que combinou também com o final de 2019, Plant lançou um box de luxo com 8 discos de vinil e um livro, cada um com duas faixas pinçadas entre os grandes sucessos de sua carreira, para agradar em cheio colecionadores e aqueles fãs que fazem questão de ter em casa todo o material que ele lança.
Um público bem diferente daquele a que “Digging Deep: Subterranea” se destina. O objetivo é o de conseguir entregar esta nova coletânea para quem o conhece muito mais pelos memes e gifs animadas, do que por seu notável talento musical.
Aliás, não é difícil encontrar no Youtube vídeos de adolescentes surpresos com as proezas vocais de sua época de Led Zeppelin, o tipo de coisa que faz muitos adultos ficarem de queixo caído, imaginando a péssima criação de pais omissos que não apresentaram o som da melhor banda de rock da história a seus filhos. Sua avó tinha razão… O mundo está perdido!
Adriana Maraviglia
@drikared
Lista de faixas de “Digging Deep: Subterranea”:
Disco 1
Disco 2:
Assista ao vídeo de “Charlie Patton Highway (Turn It Up – Part 1)”:
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