Redes sociais como vilãs? Conheça “O Dilema das Redes”

O DILEMA DAS REDES - FOTO: REPRODUÇÃO

Não precisa ser especialista em absolutamente nada para perceber o tamanho da influência que as redes sociais tem hoje em dia e o quanto elas concentram um poder quase “mágico” sobre bilhões de pessoas no mundo.

É sobre este poder e as suas consequências que o documentário “O Dilema das Redes” alerta. O filme do diretor Jeff Orlowski, na grade da Netflix,  colheu depoimentos de alguns colaboradores que, a partir de 2006, com o objetivo de aumentar o lucro de empresas como Google, Facebook, Instagram, Twitter, Pinterest e Reddit, buscaram soluções criando modelos que viciam, influenciam e permitem a manipulação de bilhões de usuários do mundo inteiro.

E as implicações estão sendo enfrentadas pelo mundo desde então, como mecanismos que permitem um mapeamento de dados tão completo de cada usuário, que facilitam a vida das agências de propagandas, mas também servem para vigiar e convencer pessoas a qualquer coisa, como rejeitar verdades científicas, por exemplo.

Ao mesmo tempo, por ser “território novo”, ainda não há a regulamentação que impede que os meios mais tradicionais atinjam de uma forma mais avassaladora com sua propaganda o dia-a-dia de pessoas de todas as idades.
Mas se não houve ainda tempo para regulamentar o bombardeio do cidadão comum, imagina quando as ambições daqueles que “puxam as cordinhas” são bem maiores e carregadas de más intenções.

Exatamente. Nada nem ninguém está a salvo de ser manipulado por notícias falsas e as redes passam a ameaçar democracias, influenciando eleições e provocando resultados desastrosos que comprometem a continuidade da vida humana.

Alguns críticos comparam o cenário de devastação pintado por “O Dilema das Redes” com o de “Uma Verdade Inconveniente” (2006), filme de Davis Guggenheim que revelou ao mundo a realidade do aquecimento global e suas então possíveis consequências que hoje estão estampadas em todos os noticiários, com focos de incêndio espalhados em diversas partes do mundo que definitivamente interferirão na nossa capacidade de sobreviver em um futuro cada vez mais próximo.

Tínhamos tempo para reagir, mas pelo lucro das petroleiras e poder político do modelo econômico baseado em combustível fóssil não reagimos e provavelmente encurtamos nossas próprias vidas e de nossos descendentes.

O quadro pintado pelo documentário “O Dilema das Redes” parece muito mais grave, e sinceramente só resta desejar que a humanidade chegue logo à consciência e indignação necessárias para impedir o futuro caótico que já dá para antever daqui.

Adriana Maraviglia
@drikared

Assista ao trailer de “O Dilema das Redes”:




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