Série belga discute as decisões da justiça na Netflix

Chegou a Netflix no dia 10/07, uma série belga para quem gosta de um bom suspense de tribunal: “Doze Jurados”, uma história misteriosa e cheia de reviravoltas que se propõe a discutir o sistema judiciário. 

Doze pessoas são convocadas para fazer parte de um juri que irá definir o destino de Frie Palmers (Maaike Cafmeyer), uma diretora de escola que está presa por ter supostamente assassinado a própria filha e sua melhor amiga (Lynn Van Royen), em um caso que tem uma repercussão gigantesca na mídia.

Nada é óbvio no roteiro cheio de camadas escrito por Sanne Nuyens e Bert Van Dael que nasceu em um momento em que a Bélgica discutia os custos de seu sistema legal e muitos defendiam no país a simplificação do ritual jurídico, com julgamentos com menos jurados para definir as sentenças.

O seriado consegue explorar muito bem a dificuldade de manter aquelas pessoas neutras no julgamento e os muitos filtros que o modo de vida de cada pessoa adicionarão na hora de definir se a acusada realmente cometeu aqueles crimes que estão sendo julgados.

Uma das grandes proezas do roteiro é manter o público no escuro. Embora apareçam diversos flashbacks durante toda a série, os dois crimes não são mostrados o que nos mantem o tempo todo em dúvida sobre quem de fato teria cometido os assassinatos.

“Doze Jurados” também consegue expor o quanto todo o sistema judicial é falho e pode levar a erros que tornam possíveis grandes injustiças.

Outra informação interessante é que a série foi produzida pela TV belga e exibida por lá no ano passado com enorme sucesso.

Adriana Maraviglia
@drikared

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