“Ascensão Skywalker” – uma aventura frenética para encerrar a saga

E chegou a hora de encarar o final. E como quase tudo na vida, a teoria é muito mais simples do que a prática.

O chamado “Episódio IX” fecha um ciclo de nove filmes, uma história que começou fazendo história de tão especial em 1977, nas mãos de George Lucas, a própria mente que inventou todo esse universo e que foi consultado pelos roteiristas JJ Abrams e Chris Terrio para este último capítulo.

E agora encerra de uma forma um tanto irregular, sem tomar fôlego, com pressa demais amarrando pontas soltas, explicando superficialmente, o que, até o final da trilogia clássica com “O Retorno do Jedi” (1983), tinha outra pegada, tão bela e tão mágica que transformou os três primeiros filmes em algo muito maior do que meras aventuras espaciais.

Esse problema de ritmo atravessa todo o filme, cenas de ação e batalhas excessivamente frenéticas, tramas paralelas difíceis de acompanhar e nem estou entrando no mérito de decisões discutíveis como a de trazer volta da morte um dos personagens, não como um fantasma e aparecem um tanto de fantasmas neste filme, mas como alguém de carne e osso que tinha morrido e, sem grandes explicações, voltou à vida.

E já que falei em morte, não tem como deixar de admirar a habilidade para deixar as cenas em que a maravilhosa Princesa Leia (Carrie Fisher) aparece. Com a morte da atriz em 2017, sobras de material de “O Último Jedi” foram costuradas para permitir que a personagem estivesse presente no filme.

JJ Abrams, que trouxe de volta a saga, depois que o próprio George Lucas vendeu seus direitos à Disney, toma de volta às rédeas e entrega aos fãs quase tudo o que eles esperavam, como os duelos entre Kylo Ren (Adam Driver) e Rey (Daisy Ridley).

Ou a nova geração de herois liderados com alguma graça por Poe Dameron (Oscar Isaac) e Finn (John Boyega) e as novíssimas presenças de Zorii Bliss (Keri Russell) e Janah (Naomie Ackie), estas com pouco tempo em tela.

Talvez seja mesmo difícil segurar as pontas e buscar outras soluções, ao invés de “jogar para a galera”, mas pelo menos uma boa parte das pessoas que deixaram o cinema hoje, foram embora com um sorriso largo no rosto ainda molhado pelas lágrimas de emoção, uma despedida que deixa em aberto um futuro para mais filmes sobre a “galáxia muito distante” que nos apaixona há mais de 40 anos.

Adriana Maraviglia
@drikared

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