História de um Casamento é outra aposta da Netflix para o Oscar

Chegou à Netflix mais uma das aguardadas produções do canal que apostaram alto na temporada de premiações do cinema. Trata-se de “História de um Casamento”, uma comédia dramática que mostra um casal com um filho, durante o processo doloroso do divórcio.

Lá pelo final da década de 70, um filme sobre divórcio focava no papel do casal como pais de um garotinho, levou para casa 5 Oscars e levantou uma discussão mundial sobre o impacto das guerras travadas durante os divórcios em “Kramer Vs Kramer”, do diretor Robert Benton.

O roteiro mostrava a mãe como uma vilã que abandona tudo apenas para voltar mais tarde exigindo seus direitos.

Bem longe da história do novo filme de Noah Baumbach, que mostra um casal de artistas em que Nicole (Scarlett Johansson) abandonou uma carreira promissora em Hollywood e passou a ser uma atriz de teatro dentro da companhia do marido Charlie (Adam Driver), que é diretor e tido como um daqueles artistas sérios, que desprezam o lado mais comercial da arte.

Os dois tem um filho, Henry (Azhy Robertson), e o que aparenta ser uma vida feliz em Nova York, mas com o tempo, o casamento vai se mostrando deteriorado e o divórcio aparece  como solução.

Com uma câmera que parece entrar na alma dos atores, Baumbach busca uma naturalidade nas interpretações que muitas vezes nos dá a impressão de estarmos vendo na tela a vida real.

E, como na vida real, não há lados. A história não toma partidos e é rica em mostrar as razões de ambos em uma situação que, a princípio, parecia encaminhar-se para um acordo amigável de dois pais responsáveis, mas vai crescendo em hostilidade, a medida em que os advogados especializados em divórcio,  Nora (Laura Dern) e Jay (Ray Liotta), entram em cena.

Essa câmera na alma cria oportunidades de interpretação muito bem aproveitadas pelo elenco e muito certamente deve colocar tanto Scarlett Johansson quanto Adam Driver na lista de indicados ao Oscar.

Também dá para apostar em indicações de diretor e roteirista para Baumbach, que já foi indicado em 2005 pelo roteiro de  “A Lula e a Baleia”, e um prêmio de edição para Jennifer  Lame, que consegue manter o fio da história tinindo enquanto o roteiro vai e volta para apresentar ao público cada uma das razões para o fim daquela relação.

Adriana Maraviglia
@drikared

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