Flausino e Sideral homenageiam Cazuza em show emocionante
Três anos depois da estreia em São Paulo, os irmãos Flausino e Sideral trazem novamente à cidade seu show em homenagem a Cazuza.
Em noite de casa cheia, o Tom Brasil recebeu um público de todas as idades para comemorar um repertório de músicas que o talento do poeta criou durante a década de 80, mas que já naquela época mostravam que tinham qualidade suficiente para tornarem-se imortais.
As participações especiais aumentaram a sensação de que se estava vivendo um momento único.
A primeira delas, Rodrigo Suricato, ocupa neste momento no Barão Vermelho o posto que foi de Cazuza de 1981 a 1985 e trouxe ao palco versões emocionantes para “O Poeta Está Vivo” e a balada blues “Down em Mim”.
Da mesma geração que Rogério Flausino e Wilson Sideral, Suricato também não conheceu pessoalmente o poeta, e, como eles, cresceu ouvindo suas músicas.
Mesma situação vivida por Marcos Almeida, também jovem demais para ter algum contato com o poeta, ele ajuda os irmãos a entregarem “Um Trem Pras Estrelas”, parceria de Cazuza com Gilberto Gil.
Mas as duas outras participações, do saxofonista George Israel, e do baixista Dé Palmeira, trouxeram um pouco mais de emoção a homenagem que, por sinal, já contava com o auxílio das vozes de uma plateia apaixonada desde as primeiras notas de “Pro Dia Nascer Feliz”, a música que abre o show.
Os dois irmãos mineiros parecem bem à vontade tocando as músicas do poeta, e também aquelas que não são de Cazuza, mas que receberam interpretações arrepiantes dele, já no final de sua vida: “O Mundo é um Moinho”, de Cartola, e “Quase um Segundo”, dos Paralamas do Sucesso.
É claro que o blues “Não Reclamo (Essas Canções de Amor)”, música feita por Wilson Sideral para uma das letras de Cazuza também entrou na setlist e foi bem recebida pelo público.
O final da apresentação, com todo mundo no palco cantando “Maior Abandonado”, ficou com cara de festa, comemoração de um talento que, especialmente nesse momento difícil de retrocesso que vive o Brasil, precisa ser lembrado e reverenciado.
Aliás, a rebeldia de Cazuza está fazendo muita falta por aqui para nos ajudar a combater o fascismo e a caretice doentia que anda nos destruindo.
Adriana Maraviglia
@drikared
Galeria de fotos exclusivas “Flausino e Sideral cantam Cazuza” (Tom Brasil – SP – 16/10/2019)
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