Rockfest – As lendas do rock fizeram história em São Paulo

O bom e velho rock pode ser ouvido novamente na cidade de São Paulo. O Festival Rockfest trouxe ao Allianz Parque bandas lendárias que além de fazerem parte da história da música, continuam na ativa, contrariando o velho conceito de que o rock é coisa para jovens. 
Na plateia, 37 mil pessoas de todas as idades, puderam ouvir os brasileiros do “Armored Dawn” que abriram o que viria a ser uma noite de clássicos das últimas 5 décadas.

Ainda era dia quando os suecos do Europe subiram no palco. Liderados por Joey Tempest, a banda que é um dos grandes expoentes do rock farofa da década de 80, levantou o estádio com canções que já fazem parte do inconsciente coletivo como “Carrie” e “The Final Countdown”.

Por ser um festival com cinco bandas, foi necessário que as setlists fossem um pouco menores, mantendo cada apresentação dentro de um limite de cerca de uma hora.

A banda Helloween, que está no Brasil substituindo o Megadeth, foi uma das grandes prejudicadas por esta regra e teve pouco tempo para mostrar a bela superprodução que marca a turnê de sua reunião que começou em 2017.

Com o reforço mais do que aguardado de Kai Hansen e Michael Kiske, a banda emocionou mais uma vez o público paulistano com o show que comemora os 30 anos de um clássico do heavy metal, o disco “Keeper of the Seven Keys”.

E o show teve momentos de arrepiar como “Ride the Sky”, com Kai Hansen assumindo o microfone e “How Many Tears” com Andi Deris e Michael Kiske dividindo os vocais.

A próxima atração da noite, o hard blues do Whitesnake, conquistou o coração dos brasileiros já em sua primeira apresentação por aqui, substituindo o Def Leppard no Rock In Rio, em 1985.

Comandado pelo ex-Deep Purple, David Coverdale, o Whitesnake trouxe para o Rockfest uma setlist cheia de velhos hits e algumas novidades como “Hey You” e “Shut up & Kiss Me”, de seu disco mais recente “Flesh & Blood”, lançado em maio.

A formação atual do Whitesnake inclui um outro veterano do rock que encantou a plateia com sua performance. Na hora do solo de bateria, quase um intervalo no mundo do rock em que todo mundo aproveita para ir buscar outra cerveja ou dar aquele rolezinho básico, Tommy Aldridge quebrou tudo, dispensando as baquetas e surrando sua bateria com as mãos; o que impediu a plateia de desgrudar os olhos do palco.

David Coverdale ao vivo é sempre um prazer, agarrado a uma bandeira brasileira, na véspera de completar 68 anos, uma verdadeira lenda do rock que com sua voz inspirou muitas gerações. Mesmo sendo uma lenda, pequenas falhas pontuais em momentos em que sua voz era mais exigida podem ser explicadas pela rouquidão que aparecia quando o vocalista conversava com a plateia. 

Mas nenhuma falha conseguiu comprometer a emoção de ver ao vivo mais uma vez “Here I Go Again”, “Still of the Night” e “Burn”, uma cover do Deep Purple que sempre se faz presente no repertório.

Fechando a noite, os Scorpions, com 53 anos de carreira (não parece, mas eles começaram em 1965), a banda trouxe ao palco do Rockfest um desfile de hits para fazer todo o estádio cantar junto.

Músicas como “The Wind of Change”, “Big City Nights”, “Still Loving You” e “Rock You Like a Hurricane” fazem parte da história do rock. Uma História que São Paulo teve a alegria de reviver mais uma vez na noite passada.

Adriana Maraviglia
@drikared

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