“Bohemian Rhapsody” traz aos cinemas a emoção de ver o Queen ao vivo

 

Chega amanhã aos cinemas brasileiros “Bohemian Rhapsody”, a cinebiografia de Freddie Mercury, um dos maiores vocalistas da história do rock.

A história é focada em um período bem específico da vida de Mercury, os 15 anos que separam o início da carreira do Queen, em 1970, até a espetacular apresentação da banda em 1985, no Live Aid.

E é nas cenas de palco, justamente aquelas que provavelmente todos os fãs já viram e reviram inúmeras vezes que o filme parece tomar uma outra dimensão. Rami Malek, o jovem ator da série “Mr Robot” brilha como nunca. Trazendo de volta toda a exuberância de um dos performers mais impressionantes do mundo, seu trabalho pode levá-lo a uma merecida indicação ao Oscar de Melhor Ator.

Um dos pontos fortes do filme é exatamente a escalação e caracterização do elenco. O ator Gwilym Lee ficou idêntico ao guitarrista Brian May. Assim como os demais componentes do Queen Roger Taylor (Ben Hardy) e John Deacon (Joseph Mazzello), todos perfeitos em seus personagens.

A atriz Lucy Boynton, que interpreta a noiva de Freddie Mercury, Mary Austin também está muito bem e suas cenas com Rami Malek exibem uma química incrível.

Infelizmente, nem tudo são flores, o roteiro falha em entregar o filme que a genialidade de Freddie merecia e evita ir muito fundo nos escândalos, controvérsias  e procura manter-se a distância do destino trágico do artista que morreu em  1991, vítima da AIDS.

Além do mais, um erro histórico mais grosseiro deve chamar atenção dos fãs brasileiros, em uma cena, que aconteceu em 1976, Freddie e Mary estão assistindo ao show do Rock In Rio na TV, mas a primeira edição do Festival aconteceu só em 1985.

Sem querer justificar as falhas, já se sabe que as filmagens foram bastante tumultuadas, teve troca de protagonista, o comediante Sacha Baron Cohen estava escalado originalmente para o papel de Freddie Mercury e até de diretor. Embora o filme seja creditado a Brian Synger, ele foi demitido e substituído por Dexter Fletcher.

A escolha de recriar a emoção do show do Live Aid, quase na íntegra, foi uma atitude bastante ousada e ganha de uma vez  por todas o público. Não há e nunca haverá nada como os shows do Queen e ter a sensação de estar presenciando a um deles, na tela do cinema, é algo de muito especial.

Adriana Maraviglia
@drikared

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