Especial Casamento Real: Conheça as tradições e superstições britânicas

No próximo sábado acontece mais um casamento na família real britânica. O príncipe Harry, neto da Rainha Elizabeth, se casa com a atriz americana Meghan Markle, em uma cerimônia que acontece no Castelo de Windsor, próximo de Londres.

Há 7 anos, William, irmão mais velho de Harry e segundo na lista de sucessão do trono,  casou-se com Kate Midleton e na ocasião fiz para o meu blog Pipocando Online uma extensa pesquisa sobre as tradições que cercam um casamento na Grã-Bretanha.

Como aquecimento para mais uma festa que será assistida no  mundo inteiro, a Revista Eletricidade publica uma  lista completa de tradições e curiosidades ligadas ao casamento na Grã-Bretanha. Confira:

A Proposta

O momento em que o futuro noivo pede sua amada em casamento é crucial e também era considerado muito importante desde os tempos medievais.

Na época medieval as propostas de casamento eram feitas com o candidato a noivo deixando um ramo de espinheiro na porta da casa da noiva. Se o ramo fosse deixado lá, significava que a proposta havia sido aceita; mas se o ramo fosse substituído por uma couve-flor, isso significava que a proposta não interessava à noiva.

Mais tarde, um grupo de amigos ou familiares do noivo era convocado para defender os interesses do noivo nesta ocasião. Se estas pessoas vissem no caminho um cego, um monge ou uma mulher grávida pensava-se que o casamento estava fadado ao fracasso; no entanto, se fossem avistados cabras, pombas ou lobos, eram bons presságios que trariam boa sorte ao casamento.

Tradicionalmente, quem tem a responsabilidade de fazer a proposta de casamento é o noivo, mas a cada 4 anos, nos anos bissextos, as mulheres estão autorizadas a pedir seus “príncipes encantados” em casamento.

A aceitação ou não da proposta dependia de outra superstição interessante. Consideravam má sorte que a noiva aceitasse casar-se com um homem cujo sobrenome começasse com a mesma letra de seu sobrenome, tudo por causa deste versinho:

“To change the name and not the letter (Mudar o nome e não a letra)

Is to change for the worst and not the better” (É mudar para pior e não para melhor)

Outra coisa que os antigos diziam que dava muita má sorte era se a noiva ficasse treinando a escrita de seu nome de casada. Diziam que se fizesse isso, a noiva estaria “dando sopa para o azar”.

O anel de noivado de Meghan Markle, encomendado a uma joalheria de Londres tem três diamantes, o maior adquirido em Botswana e os dois menores da coleção particular da Princesa Diana, mãe do noivo.

O Noivado

O noivo oferece à noiva um anel com diamantes, de preferência, com um dos joelhos no chão, enquanto pergunta se ela aceita casar-se com ele. Se sim, o anel é colocado por ela no dedo anelar da mão esquerda. Diferente do Brasil, o noivo britânico não usa nem anel, nem aliança de compromisso.

Então é escolhida uma data para o casamento. Esta é uma operação que segue cuidadosamente algumas superstições:

“Married when the year is new, he’ll be loving, kind and true. (Casada quando o ano é novo, ele será apaixonado, gentil e sincero)

When February birds do mate, You wed nor dread your fate. (Quando em Fevereiro os pássaros procriam, você se casa sem medo do destino)

If you wed when March winds blow, joy and sorrow both you’ll know. (Se você casar em Março, quando o vento sopra, conhecerá a alegria e a tristeza)

Marry in April when you can, Joy for Maiden and for Man. (Casando-se em Abril, quando puder, alegria para a dama e para o homem)

Marry in the month of May, and you’ll surely rue the day. (Casando-e no mês de Maio você certamente irá se arrepender)

Marry when June roses grow, over land and sea you’ll go. (Casando-se em Junho, quando as rosas crescem, você irá viajar pela terra e por mar)

Those who in July do wed, must labour for their daily bred. (Quem se casa em Julho, deve trabalhar pelo seu pão)

Whoever wed in August be, many a change is sure to see (Quem se casa em Agosto, certamente verá muitas mudanças)

Marry in September’s shrine, your living will be rich and fine. (Quem se casar em Setembro, terá uma vida rica e boa)

If in October you do marry, love will come but riches tarry. (Se se casar em Outubro, conhecerá o amor, mas as riquezas perderá)

If you wed in bleak November, only joys will come, remember. (Se você se casar em Novembro, conhecerá apenas alegria, lembre-se)

When December snows fall fast, marry and true love will last. ” (Quando a neve cai rápido em Dezembro, você se casa e o amor verdadeiro irá durar)

Note que pela tradição, Maio era considerado o pior mês do ano para casamentos. E existem várias razões para isso, nos tempos pagãos era a época do Beltane, o inicio do verão, celebrado com festas ao ar livre. Então consideravam que era uma época ruim para se iniciar uma vida de casado.

Na época dos romanos, o Festival dos Mortos e o Festival da Deusa da Castidade ocorriam neste mês.

Na época vitoriana, a advertência de evitar casamentos em Maio ainda era fortemente observada, as igrejas chegavam a ficar sobrecarregadas no final do mês de Abril, por casais querendo evitar a má sorte de casar-se em Maio. Comenta-se que a própria Rainha Vitória proibiu seus filhos de casar-se neste mês.

Escolhido o mês, era importante escolher o dia certo da semana:

Monday for wealth (Segunda-feira para riqueza)

Tuesday for health (Terça-feira para a saúde)

Wednesday the best day of all (Quarta-feira o melhor dia de todos)

Thursday for losses (Quinta-feira para perdas)

Friday for crosses (Sexta-feira para cruzes)

Saturday for no luck at all (Sábado para nenhuma sorte)

É no mínimo curioso saber que hoje em dia a maioria dos casamentos acontece aos sábados, um dia considerado sem nenhuma sorte pelos antigos.

Mais tarde com a instituição do cristianismo, a época da Quaresma passou a ser considerado como um período de má sorte já que era considerada uma época de recolhimento e abstinência, que não combinava em nada com festividades.

O mês de Junho era considerado um mês que dava sorte para o casamento, porque foi nomeado em homenagem à Juno, a deusa romana do amor e do casamento.

O verão como um todo é considerado um bom período para o casamento e isso tem algo a ver com a associação que se fazia entre sol e fertilidade. Na Escócia, uma tradição popular era da noiva “Caminhar com o Sol” para trazer boa sorte. Ela deveria começar sua caminhada no lado sul da Igreja, indo de leste a oeste e continuar andando ao redor da igreja por três vezes.

O Vestido da Noiva

Vestido usado por Kate Midleton em seu casamento, em 2011

Se hoje em dia o vestido da noiva é fundamental dentro do ritual do casamento, antigamente ele também era considerado um fator que podia influenciar no sucesso ou fracasso de um casamento.

Como hoje em dia, o noivo não deveria ver o vestido de noiva antes do casamento, era e ainda é considerada má sorte.

Outro detalhe, o vestido não deveria ser feito pela própria noiva, ela também não deveria experimentar toda a roupa e acessórios antes do momento da cerimônia, era costume até deixar-se um pedaço do vestido para ser costurado no último momento, antes de partir para a Igreja.

A cor do vestido da noiva era outro fator a ser considerado, já que até algum tempo atrás não existia esse costume de comprar um vestido especialmente para a ocasião e a noiva casava-se com um dos seus vestidos.

A escolha do branco para simbolizar a virgindade da noiva começou no século XVI como um costume entre os ricos. Mas a tradição ganhou uma nova força quando a Rainha Vitória escolheu casar-se com um vestido branco, ao invés de um prateado, que era a cor escolhida tradicionalmente pelas noivas da realeza.

Um detalhe importante é que o vestido escolhido pelas noivas dentro da realeza britânica precisa da aprovação da Rainha Elizabeth.

Para ajudar quem tinha dúvidas sobre a escolha do vestido, mais versos:

Married in White, you have chosen right, (Casando-se de branco, você escolheu certo)

Married in Blue, your love will always be true, (Casando-se de azul, seu amor sempre será verdadeiro)

Married in Pearl, you will live in a whirl, (Casando-se de pérola, você viverá em um turbilhão)

Married in Brown, you will live in town, (Casando-se de marrom, você viverá na cidade)

Married in Red, you will wish yourself dead, (Casando-se de vermelho, você desejará estar morta)

Married in Yellow, ashamed of your fellow, (Casando-se de amarelo, você se envergonhará de seu companheiro)

Married in Green, ashamed to be seen, (Casando-se de verde, você se envergonhará de ser vista)

Married in Pink, your spirit will sink, (Casando-se de rosa, seu espírito afundará)

Married in Grey, you will go far away, (Casando-se de cinza, você irá longe)

Married in Black, you will wish yourself back. (Casando-se de preto, você desejará voltar atrás)

De todas as cores, a pior que uma noiva podia escolher era a verde, que era associada com a promiscuidade. Afinal os vestidos das moças que costumavam rolar pelos gramados com outros homens que não eram seus noivos acabavam ficando desta cor.

O véu já era usado pelas noivas durante o Império Romano e sua função era de proteger as noivas contra os espíritos malignos. Ele servia como um disfarce porque as noivas na hora do casamento eram consideradas especialmente vulneráveis a estes espíritos.

Na Grã Bretanha o uso do véu se popularizou a partir do século XVIII, lá ele é associado com modéstia e castidade.

Something Old, Something New…

A tradição pede que a noiva carregue acessórios especiais

O cinema se encarregou de popularizar este verso que lista coisas que são indispensáveis para trazer sorte para a noiva e para o casamento. Na verdade, o verso surgiu na época vitoriana, mas se refere a costumes bem mais antigos.

Something old, something new (Algo velho, algo novo)

Something borrowed, something blue (Algo emprestado, algo azul)

And a silver sixpence in your shoe (E uma moeda de seis pence, de prata, em seu sapato)

O algo velho representa os amigos do casal, que devem estar perto durante o casamento. Tradicionalmente, a noiva deveria ganhar uma liga velha de uma mulher casada e feliz, na esperança de que sua felicidade no casamento seria passada adiante, para a nova noiva.

O algo novo simboliza o futuro feliz e próspero dos recém-casados.

O algo emprestado é geralmente fornecido pela família da noiva e deve ser um item bastante valorizado pela família. A noiva deve devolver este item para assegurar a boa sorte.

O costume de usar algo azul vem de uma tradição antiga israelense em que a noiva usava uma fita azul em seu cabelo que representava fidelidade.

Quanto a moeda de seis pence, de prata, servia para assegurar a prosperidade do casal. Hoje em dia, como estas moedas se tornaram raras é costume usar uma moeda de um penny nos sapatos.

Festas pré-casamento

As despedidas de solteiro no Reino Unido são diferenciadas para o noivo e para a noiva. A Stag Party (festa do cervo) é a festa do noivo e reúne seus amigos. A noiva, por sua vez fará uma Hen Party (festa da galinha), com suas amigas.

As damas da noiva

As damas da noiva se vestem com roupas similares as da noiva pela mesma razão do uso do véu. Elas serviriam assim para confundir os espíritos malignos e proteger a noiva.

Elas também costumam vender à noiva algo pequeno como um alfinete, logo após o casamento. Isso tudo pela tradição que diz que o primeiro dos noivos a fazer uma compra logo após o casamento, será o dominante no relacionamento.

O padrinho do noivo

O dever do padrinho do noivo era de proteger o noivo da má sorte. Ele deve assegurar que uma vez que o noivo saia de casa para ir para Igreja, ele não retorne para casa por razão nenhuma.

Ele também deve providenciar que o noivo carregue um pequeno mascote ou talismã em seu bolso no dia do casamento.

E quando o padrinho pagar o ministro que fez a cerimônia, o valor a ser pago deve ser impar para trazer sorte ao casal.

Flores

As flores sempre estiveram presentes na decoração dos casamentos. No entanto, alguns as escolhem de acordo com o que simbolizam, por exemplo, a flor de laranjeira sempre foi associada aos casamentos porque significa pureza e castidade.

As peônias são evitadas porque representam vergonha; azaleias representam temperança, rosas simbolizam amor e campanulas brancas representam esperança.

Uma combinação de flores vermelhas e brancas é evitada pelos supersticiosos porque representariam sangue e bandagens.

Mas o significado de cada flor costuma variar de acordo com a região, por exemplo, em alguns lugares lírios simbolizam majestade, mas em outras eles são vistos como sinais de má sorte por sua associação com a morte.

O noivo também usa uma flor em sua lapela, de um tipo que deve fazer parte do buque da noiva e isso vem do costume antigo dos Cavaleiros que usavam a cor de sua dama de preferência como uma forma de demonstrar seu amor.

O caminho para o casamento

Quando a noiva está pronta para sair para o casamento, uma última olhada no espelho deve trazer boa sorte. Mas se ela já começou seu caminho, voltar para olhar no espelho resultará em má sorte.

Ver um limpador de chaminés no caminho para o casamento traz boa sorte e eles podiam até ser contratados para participar de casamentos. Outras coisas consideradas bons sinais no caminho para a cerimônia incluem ovelhas, sapos, aranhas, gatos pretos e arco-íris.

Por outro lado, tumbas abertas, um porco, um lagarto, ou ouvir um galo cantando depois do amanhecer eram considerados sinais de má sorte. Monges e freiras também são considerados má sorte, provavelmente porque são associados com pobreza e castidade. Eles também são associados à ideia de que a sobrevivência dos noivos dependeria da caridade.

Tempo ruim no caminho do casamento é considerado sinal de casamento infeliz, embora algumas culturas considerem a chuva como um bom sinal. Nuvens e ventos causariam casamentos tempestuosos. Neve é associada a fertilidade e prosperidade.

O horário

A maioria dos casamentos na Grã Bretanha é marcada para o meio-dia. Isto porque neste horário os dois ponteiros do relógio apontam para o céu.

O posicionamento na Igreja

A noiva fica sempre do lado esquerdo do noivo. Este é um costume antigo, que seria para deixar livre a mão direita, para que o noivo pudesse usar sua espada em caso de um ataque hostil durante a cerimônia.

O bolo de casamento

Cortar o bolo de casamento agora faz parte do ritual da festa. O casal faz o primeiro corte para simbolizar o seu futuro em comum.

Na Inglaterra o costume é o de servir dois bolos, o da noiva é de frutas e nozes e o do noivo, de chocolate.

No passado era costume jogar sobre a noiva pequenos pedaços de bolo, com a mesma função do arroz e do confete que se atira hoje em dia. Uma variação desse costume era a de jogar migalhas do bolo sobre a cabeça da noiva e até mesmo quebrar o bolo sobre sua cabeça. Na Escócia, os bolos feitos de aveia são usados com esse fim, para promover a fertilidade.

Em Yorkshire, um prato com o bolo de casamento era atirado pela janela, assim que a noiva voltasse da primeira visita à casa de seus pais após o casamento. Se o prato quebrasse, o casal teria boa sorte, se, no entanto, ele permanecesse intacto, seu futuro seria triste.

Outro antigo costume inglês era o de colocar um anel dentro do bolo de casamento. O convidado que encontrasse o anel em sua fatia de bolo teria felicidade durante todo o próximo ano.

O formato dos bolos que são usados no dia de hoje, com três camadas é baseado no ápice da Igreja de Saint Bride, de Londres. Dizem que os convidados solteiros que colocarem um pedaço do bolo de casamento sob seus travesseiros antes de dormir, aumentarão suas chances de encontrar um parceiro e as damas que fizerem isso sonharão com seus futuros maridos.

A camada de cima do bolo costuma ser chamada de camada do batizado porque ela é guardada para o batizado do primeiro filho do casal.

Confetes

Para garantir a prosperidade do casal é costume atirar arroz, pétalas de flores e mais recentemente, confetes de papel.

Buquê

Como aqui no Brasil, o buquê da noiva é atirado para trás na direção das convidadas solteiras. Aquela que pegar o buquê é considerada a próxima noiva.

Já foi criada uma versão para os noivos deste costume, em que o noivo atira a liga da noiva para seus amigos solteiros, com o mesmo significado.

Mas as noivas da realeza não seguem este costume. Os buquês  de casamentos reais são depositados no túmulo do soldado desconhecido dentro da Abadia de Westminster, como uma homenagem aos soldados britânicos mortos em todas as Guerras.

As noivas da realeza também costumam carregar uma pequena ferradura de prata junto com o buquê, para dar sorte.

Sapatos

Muitos dos costumes ligados ao casamento envolvem sapatos. O mais conhecido e ainda mantido até hoje é o de amarrar sapatos na parte traseira do carro dos recém-casados. Vem de uma evolução de um costume da era Tudor em que os convidados atiravam sapatos no casal recém-casado. Dizia-se que dava sorte quando eles ou sua carruagem eram atingidos.

Um costume menos conhecido é do pai da noiva dar ao noivo um par de sapatos da noiva simbolizando a passagem da responsabilidade sobre a noiva para seu marido. Numa variação deste costume, o noivo tocaria a noiva na testa com um de seus sapatos para reafirmar sua dominância.

Antes do costume de atirar seu buquê, a noiva atirava um de seus sapatos.

Presentes

A tradição dos convidados darem presentes aos noivos começou com a tradição de darem frutas aos noivos como uma forma de desejar fertilidade.

Lembranças

A tradição de distribuir aos convidados algo para lembrar o dia existe há cem anos. Hoje, ela se resume a entrega de cinco amêndoas cobertas de açúcar, cada uma simbolizando um desejo para os noivos: saúde, prosperidade, fertilidade, felicidade e vida longa.

Cruzar a porta de entrada

Depois do casamento, a noiva deve entrar em sua nova casa através da porta da frente. É tradição que o noivo carregue a noiva através da porta quando eles entram na casa pela primeira vez. A razão é ainda incerta. Uma explicação é que se a noiva cair quando ela estiver entrando, o casal terá má sorte. Outro sinal de má sorte seria a da noiva entrar na nova casa com o pé esquerdo. Sendo carregada ela evitaria as duas coisas.

Outra explicação é que o costume estaria ligado a uma tradição anglo-saxã de sequestrar a noiva e carregá-la.

A Lua de Mel

O termo lua-de-mel parece ter sido originado na época em que o homem sequestrava sua noiva. O casal passaria algum tempo escondido, o período de um ciclo lunar após o casamento. Durante este período eles beberiam um vinho feito de mel.

Na Escócia o costume é o de que uma mulher que esteja amamentando prepare o leito conjugal para que os noivos tenham fertilidade.

Na Irlanda, uma galinha poedeira era amarrada à cama na primeira noite do casal na esperança que sua fertilidade passasse para o casal. Comer um ovo com duas gemas também era algo que se dizia trazer fertilidade.

Adriana Maraviglia
@drikared

Texto original publicado no blog Pipocando Online em 29/04/2011

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