Documentário Piripkura ganha o prêmio Amsterdam Human Rights

O documentário “Piripkura”, dirigido por Mariana Oliva, Renata Terra e Bruno Jorge, e produzido pela Maria Farinha Filmes, foi premiado com o Amsterdam Humam Rights Award, no dia 20 de novembro,  durante o IDFA – International Documentary FilmFestival Amsterdam.
O longa, que fez sua estreia no Brasil durante o Festival do Rio e conquistou o prêmio de “Melhor Documentário”, movimentou a imprensa internacional ao abordar a questão indígena.

“Estamos muito felizes com essa premiação e, principalmente, por permitir expandir a luta dos povos indígenas mundo afora. Precisamos garantir os direitos dessa população que luta por respeito e sobrevivência em terras que são deles” afirma Mariana Oliva, uma das diretoras do documentário.

Pakyî e Tamandua são dois indígenas nômades, do povo Piripkura, que vivem com um facão, um machado cego e uma tocha, e sobrevivem cercados por fazendas e madeireiros numa área protegida no meio da floresta amazônica. O documentário apresenta as expedições periódicas de Jair Condor, coordenador da FUNAI que acompanha Pakyî e Tamandua desde 1989.  Rita, a terceira sobrevivente Piripkura que se tem notícia, embarca com Jair em algumas expedições para  monitorar vestígios que comprovem a presença deles na floresta e, assim, garantir a proteção do território habitado por eles. Piripkura aborda as consequências de uma tragédia e revela a força, resiliência e autonomia daqueles que foram expostos a todo tipo de ameaças e têm resistido ao contato.

“Piripkura”, que ganhou o prêmio de “Melhor Documentário” no Festival do Rio, fez sua estreia em um momento de grande mobilização por lideranças indígenas e movimentos sociais.

Em outubro, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) participou da audiência no Parlamento Europeu, em Bruxelas, Bélgica. Sonia Guadalajara, coordenadora executiva da APIB, discursou reivindicando três pontos:  que a Declaração Universal dos Direitos da Mãe Natureza sejam adotados pelas instâncias internacionais conforme Carta de Cochambamba de 2010; que o crime de Ecocídio seja reconhecido e que haja punição para todos aqueles que desmatarem, poluírem ou matarem os rios, lagos e oceanos; e que o Parlamento Europeu adote os embargos econômicos para todas as empresas e produção em territórios indígenas desconsiderando os direitos humanos, sociais, ambientais e territoriais dos povos e do meio ambiente.

Assista ao trailer de “Piripkura”: 

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