Infelizmente, junto com a admiração, este “O Jogo da Imitação”, também deve despertar surpresa e revolta, a medida que nos familiarizamos com sua história completa.
Com roteiro de Graham Moore, baseado no livro “Alan Turing: The Enigma” de Andrew Hodges, o filme conta a história de Allan Turing (Benedict Cumberbatch), um matemático com trabalhos escritos sobre criptografia que é recrutado secretamente pelo governo britânico para participar de um time de cientistas com a missão de decifrar as mensagens trocadas pelos nazistas utilizando o intrincado aparelho Enigma.
Turing tem uma personalidade bem difícil de se lidar, a ponto de preferir trabalhar sozinho a ter que explicar aos colegas os detalhes de sua invenção; um aparelho que possa “desembaralhar” o código que torna as comunicações entre os nazistas em algo ilegível.
Caro e intrincado, o tal aparelho que Turing inventa demora a apresentar resultados, o que faz com que o Comandante Denniston (Charles Dance), chefe da operação, passe a persegui-lo e chega a tornar-se quase um inimigo do cientista, que precisa lutar muito para continuar as pesquisas que transformaram sua máquina, que no filme é chamado de “Christopher”, em um dos precursores do computador.
E entre as muitas dificuldades que Turing enfrenta, algumas sequer fazem qualquer sentido hoje em dia, como o fato da pessoa que mais poderia colaborar no desenvolvimento de sua máquina ser uma mulher solteira, Joan Clarke (Keira Knightley muito bem no papel), que não consegue afastar-se dos pais, para trabalhar em uma equipe formada por homens, em atividades que devem permanecer secretas.
Infelizmente, o sucesso de Allan em sua empreitada não garantiu a ele o reconhecimento merecido, pelo contrário, sua descoberta foi mantida em segredo e, mais tarde, na década de 50, ele se vê preso e condenado pela justiça por ser homossexual.
Vale ressaltar que o trabalho de ator de Benedict Cumberbatch é impressionante e mesmo quando o próprio roteiro não colabora, nas sequências mais repetitivas em que ele não faz muito mais do que reclamarque ninguém o entende, ele consegue bons resultados.
O filme marca a estreia do diretor norueguês Morten Tyldum no cinema britânico e chamou atenção nesta temporada de premiações, embora ainda não tenha conseguido levar para casa nenhum prêmio ainda; de qualquer forma foram 5 indicações ao Globo de Ouro, 9 ao BAFTA, a premiação mais importante do cinema britânico, e mais 8 indicações ao Oscar.
Adriana Maraviglia
@drikared
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