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Life – A Autobiografia de um Rolling Stone

Não é a primeira vez que um Rolling Stone resolve contar sua história de sexo, drogas e rock n’ roll; Bill Wyman, o baixista da banda até 1992, já havia feito isso no amargo “Stone Alone” (1990) mas é a primeira vez que Keith Richards, o gênio musical por trás da máquina chamada Rolling Stones conta tudo.

Ou quase, nas 576 páginas da versão em inglês de “Life”, Keith conta em detalhes cada uma de suas aventuras pelo mundo das drogas leves, pesadas, legais e ilegais que acabariam incluindo o músico no topo da lista, dos que provavelmente não viveriam muito… Bem, o que sabem as listas?

O que mais impressiona no velho Stone é que aos 66 anos de idade, depois de permitir-se cada excesso possível, é sua memória vivíssima que possibilitou que ele recontasse em detalhes episódios de sua infância em Dartford, quando conta a lenda conheceu um outro garotinho na sua vizinhança chamado Mick Jagger, mas também as muitas barras pesadas de seu relacionamento tempestivo com Anita Pallenberg, a modelo que trocou Brian Jones por ele, quase destruindo de vez os Rolling Stones ainda em 1967.

Mas para os fãs da banda a maior razão para ler “Life” é a de acompanhar em detalhes a maior história de amor de Richards: a música, a única constante de sua vida e que em um curto período, entre 1968 e 1972, comandou com sua banda uma verdadeira revolução, compondo e lançando suas maiores obras primas.

E aqui e ali ficamos sabendo detalhes sobre estas obras, como cada uma das músicas surgiu, de quem veio a ideia para a letra e como ele e Mick costumavam entender um ao outro no olhar, mas que a amizade mudou muito a partir da década de 80, quando os dois se afastaram e a banda quase terminou. Hoje em dia, Keith classifica o parceiro como “insuportável”.

Escrito a quatro mãos com James Fox, jornalista e escritor britânico que é amigo de Richards desde o início da década de 70, e que ajuda o amigo não só a colocar no papel suas memórias, como ainda toma depoimentos de pessoas que participaram destas memórias; produtores, ex-namoradas, parentes, roadies, artistas, enfim, todos que giram no universo de Richards, exceto os outros membros da banda, impedidos por uma das velhas normas dos Stones de “dar palpite” neste tipo de projeto.

Keith Richards recebeu 7 milhões de dólares por suas memórias e fez valer cada centavo; a editora Little, Brown and Company ganhou um sério candidato a best-seller e os leitores, um rock star com uma história tão apaixonante quanto suas músicas.

Lançado no final de outubro nos EUA e Europa, o livro já recebeu uma edição brasileira e já está disponível nas livrarias em português.

Adriana Maraviglia
@drikared

Life – Keith Richards e James Fox – Editora Little, Brown and Company (importado) – 576 páginas

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