Sexto Harry Potter é o filme mais sombrio da saga até agora

O sexto e mais aguardado capítulo da versão cinematográfica para a saga de Harry Potter chega finalmente às telas.

E para a alegria de fãs, que já garantiram bilheterias milionárias desde sua estreia, é o maior e melhor até agora.

Embora, a exemplo de quase todos os filmes anteriores, este também tenha enormes diferenças para aquilo que está no livro de JK Rowling.

Se o foco do livro era o de mergulhar no passado e explicar de uma vez por todas como o pobre garoto órfão Tom Riddle transformou-se no bruxo mais perigoso de todos os tempos; o filme preferiu dar um espaço bem maior para assuntos mais leves, que também estão no livro, mas com uma importância bem menor: os namoros adolescentes.

E o Castelo de Hogwarts parece ferver sob o efeito de hormônios e “poções de amor”.

A graça das confusões amorosas ajuda a aliviar um pouco da tensão; agora que uma nuvem escura paira sobre o mundo mágico em geral e sobre Hogwarts em particular.

Sentindo que a batalha final se aproxima, o Professor Dumbledore (Michael Gambon) parte com Harry (Daniel Radcliffe) em busca de um antigo professor de poções, Horácio Slughorn (Jim Broadbent) que pode ter informações importantes sobre seu antigo aluno Tom Riddle.

O diretor David Yates pontua o clima sombrio pelo uso de cores frias na tela, tudo é meio acinzentado, até mesmo o Quadribol entre Sonserina e Grifinória acontece sob uma tempestade de neve.

A única cena que foge deste padrão é a que apresenta a genial e coloridíssima loja dos Gêmeos Weasley (Oliver e James Phelps), uma festa de produtos malucos e alegria em contraste com um Beco Diagonal destruído.

Os jovens atores também se mostram além de fisicamente crescidos, evoluindo consideravelmente em suas atuações que desta vez não fazem feio diante do estrelado elenco veterano da saga.

Dois destaques neste quesito, o humor cada vez mais afiado de Rupert Grint (Ron Weasley) e a expressão angustiada de Tom Felton, como Draco Malfoy, em sua solitária missão, como “o escolhido” dos vilões; cada um dos dois ajudando a ilustrar os altos e baixos da “montanha russa” emocional de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”.

O retorno do roteirista Steve Kloves é um dos pontos positivos de Harry Potter 6 e o resultado é um filme longo, com 2:33 hrs, mas agradável e que, embora simplifique um tanto as coisas pelo corte de tramas secundárias do livro, não passa a sensação de correria desabalada de “Harry Potter e a Ordem da Fênix”.

 

Adriana Maraviglia
@drikared

 


Assista ao trailer de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”:

 

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