Paul McCartney diz que os Beatles eram melhores que os Stones
|O radialista Howard Stern fez ontem de manhã uma longa entrevista por telefone com Paul McCartney onde o músico teve a chance de falar sobre diversos assuntos, entre eles como está vivendo os dias de quarentena longe da esposa, o documentário sobre os Beatles que Peter Jackson irá lançar em breve e até reacender a eterna rivalidade com os Rolling Stones.
Depois do radialista dizer a Paul que considerava os Beatles melhores, o músico respondeu “Você sabe que vai me persuadir a concordar com isso. Eles tinham raízes blues, quando estavam compondo, tudo vem do blues. Nós tínhamos mais influências… muito mais influências. Eu amo os Stones, mas concordo com você, os Beatles eram melhores.”
E respondendo a mais provocações de Stern, que comentou sobre o disco “Their Satanic Majesties Request”, que os Stones lançaram como uma reação ao icônico “Sgt Pepper”. “Começamos a perceber que não importava o que nós fazíamos, os Stones também faziam um pouco depois.”
McCartney acrescentou. “Nós fomos para a América e fizemos muito sucesso. Aí os Stones foram para a América. Nós fizemos o Sgt Peppers, os Stones fizeram aquele disco psicodélico. Isso aconteceu bastante, nós eramos bons amigos e ainda somos, admiramos uns aos outros… Os Stones são uma banda fantástica, vou vê-los sempre que tocam. Eles são uma grande banda e o Mick realmente consegue, o canto, a dança, e o Keith e também o Ronnie e o Charlie. Eles são ótimos.”
Paul, que estava se preparando para tocar no festival de Glastonbury neste ano, também tem visto muitos planos profissionais e até pessoais ficarem em suspenso, sua esposa Nancy Shevell está em Nova York, impedida de voltar para casa, na Inglaterra, onde o cantor se encontra, em isolamento, na casa de campo, com a filha Mary e sua família.
O músico, defensor do vegetarianismo há décadas, criticou o fato do Coronavírus ter surgido a partir de um mercado de venda de animais para consumo, pedindo que se faça algo para proibir que se comercialize animais silvestres daquela forma, colocando em risco a saúde das pessoas.
Na entrevista ele também revelou que chegou a ser convidado pelo diretor Franco Zefirelli para o papel de Romeu, no clássico “Romeu e Julieta” (1968); recusando educadamente por não sentir-se a altura da missão.
E já que falamos em filmes, McCartney falou sobre o documentário “The Beatles: Get Back”, que o diretor neozelandes Peter Jackson está produzindo a partir de 54 horas de imagens da banda capturadas pelo diretor Michael Lindsay-Hogg, entre 1969 e 1970, originalmente para fazerem parte do filme “Let It Be”, que documenta o lendário show da banda, no topo de um prédio, na Saville Road, em Londres.
Na época, a banda também preparava o disco de mesmo nome, o último a ser lançado pelos Beatles, em 1970.
Sobre o documentário a ser distribuído pela Disney, agora sem uma data de lançamento por causa da Covid-19, Paul disse “É ótimo. Não estou me gabando, porque não estou falando sobre mim apenas, mas sobre a banda que estava ali… Mas é maravilhoso e você vai ver, o tipo de relacionamento que existia entre eu e o John, eu e o George, vocês irão ver e entender.”
Ele imaginou que seria difícil e triste assistir àquele material, mas disse que Peter Jackson chegou a mostrar algumas coisas para ele que apenas o lembraram da amizade e do amor que havia entre eles. “Era tudo muito mais agradável e amistoso do que a história contou depois.”
Paul McCartney é um dos artistas confirmados no show “One World: Together at Home”, uma grande live que está sendo organizada pela cantora Lady Gaga e será transmitida pela Rede Globo, no sábado dia 18/04, a partir das 16hrs, horário de Brasília.
Ouça a entrevista na íntegra: