Versão cinematográfica de Inferno é decepcionante
|O professor Robert Langdon (Tom Hanks) está de volta! “Inferno”, mais um best-seller do escritor Dan Brown e o terceiro a ser adaptado para as telas, estreou nos cinemas com um bom público, batendo as demais estreias da semana, levando mais de 560 mil pessoas aos cinemas, em seu primeiro fim de semana por aqui.
No novo filme, antes de partir em desabalada carreira para impedir que um novo vírus terrível dizime metade da humanidade, o simbologista precisa recuperar a memória, depois de acordar em um leito de hospital, em Florença, na Itália, sem a menor ideia de como tinha ido parar lá.
Dirigido por Ron Howard, a nova aventura não perde tempo explicando as pistas da trilha de Langdon, através do universo de Dante Alighieri, na tentativa de barrar os planos de Bertrand Zobrist (Ben Foster), um ativista do mal que decidiu resolver o problema da superpopulação mundial, matando metade da humanidade.
Ajudando Langdon, a médica Dra. Sienna Brooks (Felicity Jones), que trabalha no hospital que o estava atendendo. Como nas demais adaptações de livros de Dan Brown, existe um caminho a ser percorrido, uma trilha de pistas, mas o ritmo do filme não permite sequer aquela sensação de “cinema de turismo”, que quem lê o livro, já imagina ver na tela do cinema, tudo é tão corrido, que fica bem pior do que aquelas excursões pela Europa do tipo conheça 3 países em 2 dias.
O roteiro adaptado por David Koepp não deixa nenhum espaço para apreciar a arte, nem a paisagem e até mesmo algumas situações que poderiam aumentar o suspense, são (mal) explicadas no filme e, se naquele exato momento, você tirou os olhos da tela para olhar para a pipoca em suas mãos, pode ser que não irá compreender o que está acontecendo, mesmo porque, a história tem muitas reviravoltas e em alguns momentos fica difícil de determinar quem é quem.
O que é uma pena. “Inferno”, em livro, é uma diversão bem interessante, no cinema, ficou só na promessa.
Adriana Maraviglia
@drikared
Assista ao trailer de “Inferno”: