Woody Allen homenageia o Cinema em seu novo filme

O FESTIVAL DO AMOR - FOTO: DIVULGAÇÃO

Aos 86 anos de idade, o diretor Woody Allen chega ao seu 50⁰ filme “O Festival do Amor” é uma comédia romântica que está estreando nos cinemas brasileiros nesta quinta feira (06/01).

Mais uma vez o diretor brinca de colocar suas ideias saindo da boca de seu protagonista e desta vez é Mort Rifkin (Wallace Shawn), um professor de cinema de meia idade que acha que o Cinema deveria concentrar seus esforços em questões realmente importantes da humanidade.

Desconfiado e hipocondríaco, Rifkin decide acompanhar a esposa Sue (Gina Gershon), que é uma assessora de imprensa, ao Festival de Cinema de San Sebastian, na Espanha.

O trabalho dela é ajudar Philippe (Louis Garrel), um jovem diretor francês que está fazendo muito sucesso com seu filme de estreia e enquanto Rifkin sempre está muito mais preocupado com o bloqueio criativo que o impede de tornar-se um escritor, nem chega a notar que a esposa pode estar prestes a deixá-lo de vez.

O ambiente do Festival faz Rifkin voltar a “respirar” Cinema e dá uma  oportunidade para Allen homenagear do seu jeito seus diretores favoritos e maiores influências, recriando com muita graça cenas antológicas de filmes de Orson Wells, Fellini, Bunűel, Trufaut, Lelouch e Bergman.

As cenas entregam ao filme aquele toque de nostalgia que sempre se faz presente na obra cinematográfica do diretor. A fotografia do lendário Vittorio Storaro apresenta ao público o charme e a beleza do balneário espanhol onde acontece o Festival.

É claro que “O Festival do Amor” não conseguiria uma vaga na lista de melhores trabalhos do diretor, ele continua trabalhando com muita dificuldade por conta do boicote promovido pelo movimento #MeToo, que o acusa de ter abusado sexualmente da filha de Mia Farrow.

Seria mesmo um crime terrível, que mereceria ser punido até com o “apagamento” completo de toda a carreira cinematográfica de Allen, mas acredito que punições a crimes só podem acontecer após esses crimes serem comprovados em julgamentos reais, realizados na Justiça.  Julgamentos sumários por tribunais online nunca foram, nem nunca serão justos.

E a obra genial de Woody Allen merecia ao menos que dessem a ele o benefício da dúvida.

Adriana Maraviglia
@drikared

Assista ao trailer de “O Festival do Amor”:

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