Um documentário para denunciar o genocídio dos povos indígenas

Um documentário para mostrar ao mundo o genocídio indígena que continua acontecendo no Brasil, assim é “Meu Sangue é Vermelho”, que entra em cartaz na plataforma VÍMEO nesta sexta-feira (24/09).

E para contar a história do ponto de vista dos indígenas, o filme traz para diante das câmeras o rapper indígena, Owerá, da tribo brasileira Guarani M’bya, que faz rimas contando a realidade em que seu povo vive, que neste momento em particular não poderia ser pior.

Os dados apontam que desde o início de 2020, o genocídio dos povos originários do Brasil parece ter se intensificado ainda mais, no ano passado o número de lideranças mortas em conflitos de campo foi o maior em pelo menos 11 anos, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT).

O motivo continua sendo o mesmo, a desapropriação de terras para favorecer a expansão do agronegócio e pecuária – isso somado à ocorrência da pandemia de Coronavírus, em que o potencial de morte para estes povos foi 16 vezes maior.

Os diretores Graci Guarani, Marcelo Vogelaar, Thiago Dezan e Tonico Benites levaram Owerá em uma peregrinação a tribos do Mato Grosso do Sul e Maranhão, ele encontra a inspiração para ajudá-lo na missão de conscientizar toda a sociedade sobre o que está acontecendo com estes povos. 

Com participações de Criolo, Vincent Carelli e Sonia Guajajara, além de outros líderes indígenas, “Meu Sangue é Vermelho” ganhou 17 prêmios ao redor do mundo em 2020, incluindo Melhor Documentário, Melhor Filme Ambiental, Melhor Edição e vários Melhor Trilha Sonora Original.

O filme é uma co-produção Brasil/Reino Unido e traz para diante dos nossos olhos a difícil realidade dos povos originários deste país. O extermínio de nações inteiras que tem sua própria língua, cultura e história é apenas mais um crime imperdoável de monstros que parecem agora dedicados a arrancar até a última gota de sangue desta terra.

“Meu Sangue é Vermelho” serve de alerta para o povo brasileiro, especialmente as pessoas que não concordam em ver seres humanos sendo dizimados para que exploradores enriqueçam e adquiram ainda mais poder sobre os destinos políticos deste país. 

Talvez o filme ajude a aumentar a indignação e os convença a ajudar a defender estes povos que tanto fizeram para que este país, em um dia muito distante, se parecesse com um paraíso muito diferente deste torrão de terra seco e sugado até sua última riqueza  cujo povo foi abandonado à própria sorte. 

Adriana Maraviglia
@drikared

Assista ao filme “Meu Sangue é Vermelho”:

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