“Oxigênio”: filme da Netflix é aflitivo, mas genial

Em cartaz na Netflix, o thriller de ficção científica francês “Oxigênio” ao mesmo tempo que possui muita qualidade artística, consegue ser uma obra de entretenimento das mais desafiadoras para o público.

Não é fácil enfrentar os 100 minutos da produção francesa, dirigida por Alexandre Aja, quando o roteiro se concentra na história de uma mulher enclausurada em uma câmara criogênica super tecnológica e prestes a morrer por falta de oxigênio.

O público é levado de forma muito inteligente a enfrentar o medo muito humano de ser enterrado vivo e algumas cenas, como as dos primeiros minutos do filme são quase insuportáveis de acompanhar.

Uma mulher interpretada por Mélanie Laurent desperta em uma câmara criogênica sem memória e sem fazer ideia de como foi parar lá e descobre que tem pouco tempo para solucionar o problema pois está prestes a ficar sem oxigênio.

Tão ou mais aflitivo do que Enterrado (2010), o filme vai desvendando seus mistérios e respondendo cada questionamento ao longo de sua trama intrincada e muito bem embasada pelo roteiro muito original escrito por Christie LeBlanc.

Os momentos de roer as unhas são muitos e ainda, nas condições oferecidas pelo roteiro, o filme consegue ter uma fotografia criativa e espetacular,  um trabalho de primeira de Maxime Alexandre.

Vale muito a pena ver, só fuja se tiver algum sintoma de claustrofobia. É o tipo de filme capaz de causar gatilhos para quem já tem problemas com lugares pequenos e fechados.

Adriana Maraviglia
@revistaeletricidade

Assista ao trailer de “Oxigênio”:

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